PROVADO ATÉ QUE TE LIBERTE A PALAVRA (Salmo 105, 17-22)
Enviou à sua frente um homem: José foi vendido como escravo. Puseram seus pés com grilhões, puseram no seu pescoçõ uma corrente de ferro, até que se realizou sua predição, e a palavra do Senhor o justificou. (Vs. 17-19)
Eu tinha feito um plano para aperfeiçoar a personalidade de José para que ele atingisse a medida da obra excepcional que deveria realizar. Assim como as pessoas trabalham e estudam durante anos para vencer na sua profissão, tenho por princípio investir tempo e esforço no desenvolvimento da personalidade de um indivíduo e no desenvolvimento da sua vida. Não foi por engano que José foi vendido como escravo. Ele de fato deveria experimentar a provação por, em sua qualidade de príncipe e de filho preferido de Jacó, ele talvez fosse muito mimado, egocêntrico e egoísta.
Mesmo em sua situação de escravo tornou-se rapidamente chefe da casa do intendente do faraó e ganhou o favor de Putifar (e também tornou-se objeto de desejo da esposa deste). Ora, eu tinha um plano determinado para a sua vida. Assim, para impedir que sua personalidade não se enfraquecesse e cedesse ao mal, permiti que fosse colocado na prisão, sem esperança de ser libertado.
Foi quando a promessa, as visões e os sonhos proféticos que eu lhe havia dado muito tempo antes (tinha 30 anos de idade quando compareceu diante do faraó, mas os sonhos aconteceram quando tinha 17 anos) provaram sua fé. Poderia ele crer ainda nas minhas promessas depois de tanto tempo? Parecia não haver nenhuma esperança, nenhum futuro. Os ferros haviam deixado cicatrizes permanentes em seus pés, que lembravam a cada dia a paixão exacerbada e impura de uma mulher perversa, cuja mordida era como de uma víbora e a violenta cólera de seu chefe egípcio. Assim, José estava esmagado pela vergonha e pela dor, e tinha uma profunda necessidade de recuperar sua honra.
Quando José, provado até o extremo de suas forças, conseguiu abandonar todas as coisas entre minhas mãos, eu lhe concedi o dom profético que se tornou mais tarde a chave de sua libertação e de sua elevação à dignidade de governador de todo o Egito. (pag. 298)
(trecho do filme em DVD: José o Rei dos Sonhos)
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