terça-feira, 26 de abril de 2011

26 de abril

TUAS LÁGRIMAS ESTÃO NO VASO DE DEUS (Salmo 56, 6-14)


Contaste os passos da minha caminhada errante, minhas lágrimas recolhes no teu odre; acaso não estão escritas no teu livro? (Sl. 56, 9)


Sim, meu bem-amado - é bem isso o que eu faço! Quero que saibas que velo sobre ti e anoto todas as tuas dificuldades, desvios, sofrimentos e erros na tua peregrinação. Eu velo sobre ti hoje. A cada dia observo atentamente teu caminhar. Conto teus passos, ou seja, vejo toda a tua vida.


A narrativa da tua vida está escrita permanentemente e isso para sempre. Ela jamais será apagada. Escondereis certas passagens dos olhares muito curiosos, para que as informações aí contidas não sirvam para te destruirem, e assim comprometer o meu reino. Mas lembra-te das palavras de um grande homem que passou neste mundo, Omar Kayyam: "O dedo escreve; depois que escreveu, vai para a próxima narrativa. Nem tua piedade, nem tua inteligência podem força-lo a retirar a linha mais breve, nem lágrima alguma a apagar uma única palavra".


Tua vida é como esse dedo que "escreve" a história de maneira indelével e eterna sobre toda a criação, visivel e invisivel. E quando teu dedo inicia a narrativa seguinte, significa que atingiste o limite da vida terrestre. Serás levado então a outro reino da existência, em uma outra dimensão de vida. Pela fé em mim, esta nova era será das mais gloriosas. Mas a tua existência aqui em baixo terá deixado uma marca sobre este mundo que ninguém conseguirá apagar. Não te esqueças que tua vida é como uma pedra que se joga na água de um tanque; a pedra afunda, mas as ondas de choque vão e vêm sem terminar.


Eu velo e anoto toda a tua vida. Vejo as tuas lágrimas. Não apenas as vejo e anoto, mas "as recolho em meu odre" a fim de pô-las em lugar de honra na "vitrine das lágrimas" da eternidade.

Quando voltares para casa, verás esses odres. Existe um odre para cada filho meu. Ficará surpreso ao ver que muitos deles são bem maiores e mais cheios que o teu. Comparando teu odre com os dos outros que tanto sofreram, verás que a vida foi boa para ti. (pag. 137)


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